domingo, 11 de março de 2012

Espinhos
Tribulação ou provação ou deserto…algo inevitável na vida cristã. Inevitável, porém mal compreendido. Doença, miséria, destruição familiar e todo o tipo de desgraça não é provação, é opressão. Provação é passar por perseguições, por dificuldades por causa do nome de Jesus, ou por ter decidido obedecê-lo. Provação é, por exemplo, ser ridicularizado, perseguido, injustiçado, alvo de preconceito e ignorância por causa da sua fé.
Às vezes Deus permite que certas situações aconteçam para provar nosso coração e nos mostrar se realmente cremos nele ou não, se realmente confiamos ou se precisamos nos entregar mais, buscar mais, nos aproximar mais de Deus.
Deus provou Abraão ao pedir-lhe o filho, para saber se o coração de Abraão estava na bênção ou no Abençoador. Deus provou o povo ao pedir as ofertas para o templo, para saber se o coração daquelas pessoas se alegraria em fazer doações para a construção da casa de Deus. Jesus provou a mulher siro-fenícia ao ignorá-la e mesmo dizer não, para que ela mostrasse a Ele sua humildade e, ao mesmo tempo, sua intrepidez e audácia da fé, ao não aceitar o “não” de Jesus.
Deus quer te mostrar o que está em seu coração, quer fortalecer sua fé. A provação que vem de Deus não nos enfraquece, não nos tortura, não nos despedaça, ela nos renova, nos transforma e nos faz mais fortes, à medida em que nos aproximamos de Deus.
A revolta é uma parte importante e necessária da fé, uma revolta contra a situação opressiva, firmada na certeza de que Deus é poderoso para transformar tal situação. No entanto, outra parte importante e necessária da fé é a entrega total e irrestrita das nossas vontades a Deus. Assim, somos capazes de ter certeza absoluta de que se obedecer a Deus nos levar a ser lançados em uma fornalha e Ele quiser nos livrar, nos livrará…mas se Ele quiser que morramos, é responsabilidade dele, morreremos, mas não desobedeceremos para sermos livres da fornalha. Porque sabemos que não é a força do nosso braço que nos livra dessas situações, mas nossa confiança em Deus. Ele é que vai nos livrar, por amor do seu nome. Ele não pode te livrar enquanto você estiver com medo, pois se você sente medo, é porque não entregou nas mãos dele, não confiou completamente. Ele não pode te livrar enquanto você tentar fazer na força do seu braço, sem se entregar 100%
Eu não entendo espinho…mas faz parte…Deus diz: “Minha graça te basta”…a graça é o favor imerecido. Não precisamos merecer, não merecemos, temos apenas que crer que Deus é por nós, que temos esse apoio. É essa fé a necessária para nos dar força que nos faça passar pela provação e alcançar a vitória.
Outra coisa importante: busque a presença de Deus, busque o Espírito Santo diariamente. Provação que não tem fim não é provação. Não existe prova que não termine…uma hora a criatura tem que ser aprovada! Se você está passando por uma prova interminável, que está drenando completamente suas forças, desconfie…provavelmente não vem de Deus.



Senhor Jesus, eu não entendo o espinho
Mas se a cruz é o fim deste caminho
Dá-me mais graça, não sou maior que o meu Senhor
Apenas servo sou, apenas servo e nada mais.
Se as pontas aguçadas da coroa
Te feriram, ó Cabeça
Eu que sou corpo, parte do Teu corpo, não devo reclamar.
Dá-me mais graça, Senhor! Dá-me mais graça!
Passa os Teus dedos nos meus olhos, vem me consolar
Dá-me mais graça, Senhor! Dá-me mais graça!
Faze-me em Cristo, outra vez Ser mais que vencedor
Senhor Jesus, ainda não entendo o espinho
Mas se o mesmo faz parte da Tua cruz
Eu o aceito, não sou maior que o meu Senhor
Apenas servo sou, apenas servo e nada mais.
Senhor, se estou por Ti sendo provado quero aprovado ser agora
Sei o que tens a dizer, e creio nisto também, basta-me a graça.
Dá-me mais graça, Senhor! Dá-me mais graça!
Passa os Teus dedos nos meus olhos, vem me consolar
Dá-me mais graça, Senhor! Dá-me mais graça!
Faze-me em Cristo, outra vez
Faze-me em Cristo, outra vez
Faze-me em Cristo, outra vez
Ser mais que vencedor
Então eu entregava meus problemas a Deus, de todo o coração, e começou a funcionar, as coisas foram se desenrolando, conforme eu entregava, perseverava em oração e mantinha minha confiança. Só que depois de algum tempo, eu me pegava pensando nos problemas, novamente, e percebia que havia agarrado todos eles de volta. Às vezes eu entregava e ficava segurando em uma pontinha, para me certificar de que Deus faria mesmo o que eu queria que ele fizesse, como se Ele não soubesse muito melhor do que eu o que deveria ser feito e em que tempo deveria ser feito, em qual ordem e de qual maneira. Deus teve muita paciência comigo nessa época. Então eu tinha que parar tudo, orar e entregar novamente. Fazia isso centenas de vezes por dia, até aprender a entregar e deixar com Deus. Que falta me fez ouvir a explicação o quarto segredo! (Tá, o negócio parece óbvio, agora que você sabe, mas na hora eu fazia as coisas, e como só tinha aprendido pela metade, quando acertava nem sabia como tinha acertado. Assim é meio complicado acertar novamente, né não?) O que me fazia pegar os problemas de volta era a falta de confiança, não a falta de entrega! O “pegar os problemas de volta” era justamente o medo se manifestando através da ansiedade, e isso é o oposto da confiança, é o oposto da fé! Como bem disse o pastor Fábio, se eu sair da Fortaleza para tentar resolver o problema na força do meu braço, fico desprotegida! Isso não é nada inteligente, nem quando se trata de ajudar outra pessoa. Tenho sempre que me submeter a Deus e, assim, trazer essa pessoa para dentro da Fortaleza, para que ela também esteja sob essa proteção e Deus possa agir na vida dela, como tem agido na minha.
Eu atrasei o cumprimento das promessas de Deus em minha vida por não respeitar esse princípio básico de confiança, e não apenas isso, mas também consegui uma porção de problemas desnecessários por conta de não conseguir confiar, me deixar levar pelo medo, alimentar ansiedade e me agarrar à insegurança, correndo para longe da minha Fortaleza. Se eu sair da Fortaleza, que é a Presença de Deus, o mal ataca e eu sou atingida, mas se eu me mantiver confiando, na Fortaleza, o mal é que tropeça e cai. É uma equaçãozinha bem simples, como, aliás, todas as coisas de Deus. Busque conhecer a Deus, ter um relacionamento de amizade com Ele, busque se manter dentro dessa Fortaleza e Ele te guiará os passos, pois será também a sua luz, ele te protegerá de qualquer investida do inimigo, pois será a sua Salvação, e a sua Fortaleza. Não existe mesmo razão para medo, ansiedade ou impaciência.
“O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo?” Se Deus é a sua luz você não anda nas trevas, você não anda no escuro, você enxerga o caminho por onde tem de andar, se Ele é a sua salvação, Ele te livra de todo e qualquer mal, e sendo Ele maior e mais poderoso do que qualquer força deste mundo ou de fora deste mundo, você vai ter medo de quê? Se você tem medo, onde está a sua confiança? “O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?” Se o Senhor é a fortaleza da sua vida, Ele te protege, como a fortaleza protegia a cidade e a mantinha cercada e guardada dos inimigos. Se Deus é a fortaleza da sua vida, significa que Ele te mantém bem guardado, protegido. Quem quiser chegar até você, terá que primeiro passar por Deus. Então, meu amigo, a quem você temerá? Quem pode te atingir se Deus for a fortaleza de sua vida? “Quando malfeitores me sobrevèm para me destruir, meus opressores e inimigos, eles é que tropeçam e caem”. Essa era a confiança de Davi e isso era o que realmente acontecia na vida dele, pois Deus era a sua fortaleza, Davi tinha sua vida guardada e protegida por Deus, então quando os inimigos se levantavam para destruí-lo, eram eles quem tropeçavam e caíam, pois deparavam-se com a Fortaleza, que guardava Davi. Isso é muito forte!
E Davi continua a descrever sua confiança: “Ainda que um exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração”. Depois de entender que Davi estava guardadinho, protegido pelos fortes muros da Fortaleza que era o próprio Deus, fica fácil compreender o porquê de ele dizer que mesmo que um exército se acampasse contra ele, ele não teria medo. Agora não se esqueça que naquele tempo, eles realmente iam para a guerra, eles realmente tinham exércitos. Então Davi estava sendo metafórico, sim, mas também estava sendo literal. Ele estava falando de problemas e inimigos espirituais, mas também estava falando de exércitos armados. A confiança de Davi era tanta que ainda que um exército literalmente se acampasse contra ele, ele não teria medo. Ele veria o exército, e apesar de não estar vendo Deus, de não ver a Fortaleza ao redor dele fisicamente, ele SABIA que estava protegido por Deus e não teria medo. Aquela proteção que ele não via era mais forte dentro dele do que o exército que ele estava vendo. Preste atenção nisso!! Você vê o seu problema, você vê a situação se levantar. Deus você não vê, mas se você entrega e SABE que Ele está no controle, não existe espaço para o medo! Você SABE, não importa o que vê ou o que sente. Ou você sabe, ou não sabe. Ou você confia, ou não confia.
“E, se estourar contra mim a guerra, ainda assim terei confiança” Essa é uma das partes mais fortes do texto. Davi está dizendo que mesmo que tudo pareça ter sido inútil e efetivamente a guerra estourar contra ele, mesmo assim ele não se abalará. Continuará confiando, pois não importa o que vê, mas em quem ele acredita. Se ele acreditar no exército que vem contra ele, é natural se desesperar, e também é natural perder a guerra e ser despedaçado, pois o que um homem sozinho pode fazer contra um exército em guerra? No entanto, Davi sabia que não estava sozinho, e não desconsiderava a Fortaleza ao redor da vida dele. A Fortaleza era tão real quanto o exército armado, não interessava o fato de ele ver o exército e não ver a Fortaleza, pois ela continuava a existir, vendo ele ou não. Então ainda que o problema se atirasse na frente dele fazendo “buuuu” (isso acontece várias vezes em nossa vida, não é mesmo?), ele escolhia manter sua confiança, inabalável..